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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

SAÚDE MENTAL


INTRODUÇÃO

A psiquiatria traz ao longo da sua história alguns marcos que nortearam o atendimento ao doente mental, como por exemplo, a revolução de Pinel, a introdução dos psicofármacos, o uso da psicoterapia, o desenvolvimento dos recursos terapêuticos e de diagnóstico, entre outros. Atualmente estamos vivendo o período de mudanças ideológicas, estruturais e políticas nas ações de saúde mental, mais especificamente em relação à institucionalização da assistência.
Os movimentos precursores da Reforma Psiquiátrica brasileira, surgidos nos Estados Unidos e Europa a partir de meados do século XX, apontavam críticas ao atendimento dispensado aos portadores de doença mental, quando eram excluídos e segregados da sociedade, demandando ações com vistas a um atendimento mais humanizado, de forma a garantir sua dignidade, enquanto cidadão.
No Brasil, depois de 12 anos tramitando no Congresso, foi aprovado por unanimidade no dia 12 de março de 2001, na Câmara de Deputados, o substitutivo do Projeto de lei (PL 3657/89) do deputado Paulo Delgado, que dispõe sobre a extinção dos manicômios, a implantação de serviços alternativos e regulamenta a internação psiquiátrica compulsória. Esta aprovação constitui um avanço histórico, culminado pelo empenho de uma série de segmentos sociais engajados no Movimento Nacional da Luta Antimanicomial, embora signifique que temos um longo caminho pela frente, a fim de incorporar as alterações decorrentes da lei nas ações de saúde relativas à área.
Sabemos também que a Organização Mundial da Saúde recomenda investir menos recursos aos hospitais psiquiátricos, voltando-se às estruturas comunitárias mais elásticas e contextualizadas, possibilitando-se intervir de maneira mais individual e humana (EVARISTO, 1998).

E AGORA?

 Especialmente no Brasil, espera-se que a partir deste momento seja construída uma nova história sobre o tratamento psiquiátrico, voltando-se mais para o indivíduo portador de algum sofrimento psíquico, procurando não somente atender as transformações da assistência impostas pelo desenvolvimento da ciência e tecnologia, mas para posicionamentos profissionais adequados para o enfrentamento da atual realidade. Assim, vimos como fundamental que sejam criados e adaptados estruturas e recursos de atenção ao doente mental, de forma a incluí-lo no seu meio social.
Faz-se necessário, portanto, construir um projeto terapêutico cujas transformações devem ser discutidas, elaboradas, incorporadas e articuladas com os setores sociais envolvidos no modelo de atenção em saúde a ser proposto.
De acordo com CAMPOS (1992) um projeto deve ser composto de interesses e necessidades da sociedade, das noções disciplinares, de diretrizes políticas e dos modos de gestão dos sistemas públicos. Para ele, ainda não conseguimos historicamente realizar negação/superação das práticas tradicionais, na medida em que o projeto reformista em saúde ainda é muito anti e pouco pró. Defende enfim, o direito à saúde, a intervenção do Estado, a democratização da gestão, entre outros elementos essenciais à construção de uma cidadania efetiva.
Mesmo estando continente a esse pensamento, percebo algum esforço na busca de alternativas com vistas a uma nova proposta assistencial, denotando alguns avanços da psiquiatria, ocorridos diferentemente nas várias regiões brasileiras em função de movimentos neste sentido, que embora insuficientes fazem-nos repensar acerca da problemática do atendimento psiquiátrico que temos disponibilizado à nossa população.
Tal situação, conflituosa e de contrastes, é inerente a momentos de transição, faz parte de um processo decorrente do contexto sócio-político-econômico e cultural, onde o discurso teórico-prático do movimento reformista recebe influência e também influencia o modelo assistencial vigente e aquele a que se propõe.
Vale lembrar que também na Itália, berço da Reforma Psiquiátrica, houve impasses na desconstrução de um modelo de assistência cronificante até chegar aos dias atuais, quando ainda se constrói um sistema reconhecido como referência dentro da assistência psiquiátrica no mundo.
Assim, a trajetória brasileira, segue seu percurso na construção de um modelo de atendimento em Saúde Mental em consonância aos pressupostos do movimento antimanicomial e às doutrinas e filosofia da política de saúde, o Sistema Único de Saúde.
Há de se reforçar as iniciativas que procuram redefinir o papel dos profissionais e dos serviços de saúde, colocando a discussão sobre o significado do cuidado em Saúde Mental, sobre o sentido do processo de cura, nas parcerias interinstitucionais, além da criação de uma cultura de solidariedade e vivência de cidadania que garanta a inclusão social do indivíduo, sua autonomia e dignidade.
 Nesse sentido, CAMPOS (1992) considera que o objetivo de todo trabalho terapêutico é ampliar a capacidade de autonomia do paciente. Alguns aspectos da assistência psiquiátrica que levam à cronicidade, na medida em que  esta não oferece respostas às crises e a seus significados, desconsiderando a interdependência dos problemas psicofísicos-sociais, permitindo que estes e o mal estar se cronifiquem EVARISTO (1998). O autor ao mencionar a institucionalização, enquanto isolamento, reclusão, abandono, estigmatização e tratamentos inadequados como elementos propiciadores de um percurso institucional cronificante sugere reflexões cujos primeiro objetivo seja o de evitar ou não dar lugar a um percurso patogênico para depois criar um percurso terapêutico.
Considera ainda que a cronificação dos sintomas é, sobretudo a cronificação da falta de recursos institucionais e, neste sentido propõe descronificar a instituição, o que significa modificar regras não mais funcionais, mas de valorização dos sujeitos nas suas funções dentro das instituições, suas individualidades e a criatividade dos trabalhadores de saúde. Significa destruir regras manicomiais considerando-se os direitos de liberdade de cada um, que certamente modificará a dinâmica dos hospitais psiquiátricos. Significa enfim, transformar as relações de poder existentes entre instituição e indivíduo (não mais paciente), compreendendo-o como membro de um grupo social.
Tais considerações tem embutidas a visualização de um outro modelo assistencial com diversas modalidades de atendimento, mais voltadas à comunidade e às necessidades do cidadão portador de um sofrimento psíquico, num tratamento mais humanizado, mais socializante, mais solidário e mais eficaz.
É evidente que o processo requer discussões no contexto do qual o indivíduo faz parte, visando suas relações familiares, de trabalho e também assistenciais, de forma a melhor inseri-lo seu meio, dando-lhe a assistência devida, oportunizando mais espaços de socialização, de recuperação de suas potencialidades (muitas vezes desprezadas), reabrindo sua comunicação na família e no seu ambiente social, trazendo a ele  possivelmente um sentido mais significativo de existência.
Isto significa incluir a família no tratamento, dando-lhe suporte, além de ampliar a compreensão da dinâmica das suas relações, com vistas a nortear a atenção dispensada à este núcleo social.
De acordo com BASSITT (1992) há uma corrente dominante que acredita no papel da família na determinação do surgimento de doença mental em um de seus membros, tornando-o bode expiatório sobre o qual são jogados todos os problemas.
Macedo apud WAIDMAN (1999) lembra que por muito tempo os profissionais de Saúde Mental tinham a família como produtora de doença mental e não como aliada para recuperar o doente institucionalizado.
Atualmente é consensual que quando a família é apoiada e orientada tem condições de compartilhar seus problemas e pode ser percebida com a estrutura existente para a desinstitucionalização e reinserção social do indivíduo. Estudos citados por WAIDMAN (1999) apontam que a família é fundamental na manutenção do doente fora da instituição psiquiátrica, reforçando a idéia da necessidade dela ser preparada e apoiada pelos profissionais de saúde da área de Saúde Mental com vistas ao seu convívio com o portador de transtorno mental.
Portanto, cabe-nos crer cada vez mais na possibilidade de se construir uma nova ética no estabelecimento de relações indivíduo-sociedade, onde se insere a relação saúde-doença possibilitando que as relações terapêuticas sejam estabelecidas entre cidadãos



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Dia Mundial de Saúde Mental

Por Lurdes Gomes
«Saúde Mental num Mundo em Mudança: o impacto da Cultura e Diversidade», é o tema deste ano das comemorações do Dia Mundial de Saúde Mental que se assinala a 10 de Outubro.
É um elemento essencial da saúde em geral. É muito mais do que a ausência de sintomas ou doença mental. Uma saúde mental positiva implica uma sensação de bem-estar, com uma capacidade de perceber e saber interpretar o que o rodeia, mudando sempre que necessário para facilitar uma boa adaptação. Os problemas de saúde mental encontram-se ligados frequentemente à instabilidade social nomeadamente ao desemprego, condições más de emprego, exclusão social, aumento da criminalidade, abuso de álcool e outras drogas.
A doença afecta o indivíduo no seu todo ou seja no contexto social, familiar, e laboral.
Como tem sido demonstrado pelos estudos epidemiológicos realizados nos últimos anos a prevalência de doenças mentais nas sociedades actuais é mais elevada do que se pensava anteriormente, em cada ano pelo menos 15 a 20% da população sofre de uma doença mental. As doenças mentais em sentido estrito são responsáveis por 8,1% do peso global das doenças, medido em termos de anos perdidos de vida com qualidade. A luta contra as doenças mentais e a promoção da saúde mental das populações passam pelo combate contra a pobreza e a exclusão social, bem como pelas soluções encontradas para os problemas colocados pelo desemprego, as migrações, a violência e as condições de vida nas grandes cidades.
A saúde mental é o parente pobre da medicina. Desde os tempos mais antigos as pessoas com doença mental têm sido desvalorizadas e muitas vezes colocadas à parte da sociedade. As avaliações custo/benefício e custo/efectividade são instrumentos fundamentais no apoio às tomadas de decisão para todos os que são confrontados com a necessidade de optar. Aqui a tentação será a de excluir os mais vulneráveis ou seja os idosos e os doentes mentais que quase sempre são os que têm maiores custos porque se irão manter mais tempo dependentes dos cuidados de saúde.
As decisões na prestação de cuidados de saúde devem procurar atingir uma relação razoável entre os custos e os efeitos desejados, nestes se incluindo não só melhor saúde mas também alguma melhoria na qualidade de vida.De facto a saúde mental é o parente pobre da medicina mas são também os médicos os responsáveis pela estigmatização do doente mental. Veja-se um doente que dê entrada numa urgência e que tenha a infelicidade de dizer ao médico responsável pelo seu acolhimento que teve uma dor de cabeça forte ou que se encontra em mau estado geral é logo de imediato efectuado um pedido de colaboração à psiquiatria sem que seja equacionada outra causa para o problema que apresenta. Porque é que muitos psiquiatras dizem que esqueceram medicina? E por que é que um doente do fôro da psiquiatria não tem direito a ser estudado como um doente de outras áreas? Porque é que a causa está sempre na psiquiatria?

Recordo uma colega e amiga que andou anos a fazer um tratamento para uma depressão grave que lhe provocava mal estar geral e cansaço e afinal não andou mais do que a perder tempo pois, tinha e tem um problema coronário que com a medicação certa fez com que ficasse nova, librando-se do rótulo de doente do foro da psiquiatria.
Um doente do foro da psiquiatria inteligente omite a doença e os fármacos que faz e muitas vezes é o próprio clínico que o acompanha a ensinar-lhe este mecanismo de defesa, ainda que seja um mecanismo a utilizar para com os próprio médicos seus colegas.

link : blog bém comum...........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................
A Organização Mundial de Saúde afirma que não existe definição "oficial" de saúde mental. Diferenças culturais, julgamentos subjetivos, e teorias relacionadas concorrentes afetam o modo como a "saúde mental" é definida. Saúde mental é um termo usado para descrever o nível de qualidade de vida cognitiva ou emocional. A saúde Mental pode incluir a capacidade de um indivíduo de apreciar a vida e procurar um equilíbrio entre as atividades e os esforços para atingir a resiliência psicológica. Admite-se, entretanto, que o conceito de Saúde Mental é mais amplo que a ausência de transtornos mentais"

O QUE É SAÚDE MENTAL?

1. Saúde Mental é o equilíbrio emocional entre o patrimônio interno e as exigências ou vivências externas. É a capacidade de administrar a própria vida e as suas emoções dentro de um amplo espectro de variações sem contudo perder o valor do real e do precioso. É ser capaz de ser sujeito de suas próprias ações sem perder a noção de tempo e espaço. É buscar viver a vida na sua plenitude máxima, respeitando o legal e o outro. (Dr. Lorusso);

2. Saúde Mental é estar de bem consigo e com os outros. Aceitar as exigências da vida. Saber lidar com as boas emoções e também com as desagradáveis: alegria/tristeza; coragem/medo; amor/ódio; serenidade/raiva; ciúmes; culpa; frustrações. Reconhecer seus limites e buscar ajuda quando necessário.

3. Os seguintes itens foram identificados como critérios de saúde mental:
1. Atitudes positivas em relação a si próprio
2. Crescimento, desenvolvimento e auto-realização
3. Integração e resposta emocional
4. Autonomia e autodeterminação
5. Percepção apurada da realidade
6. Domínio ambiental e competência social;   
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É crescente o número de pessoas com saúde mental afetada pelo ambiente de trabalho. As exigências, pressões e mudanças estão entre os fatores que cada vez mais contribuem para o estresse ocupacional. Funcionários dos mais variados níveis hierárquicos e de companhias de todos os segmentos têm apresentado distúrbios psíquicos. As empresas precisam voltar a sua atenção para as questões que envolvem a saúde mental dos funcionários. Essa atenção deve ir muito além da tradicional triagem psicológica no momento da contratação.
As repercussões pessoais e organizacionais do adoecimento mental no trabalho geram efeitos nocivos que justificam medidas de monitoramento e de prevenção. É necessário considerar as conseqüências do estresse ocupacional no sofrimento pessoal e na produtividade do trabalho. As responsabilidades empresariais precisam ser assumidas até mesmo para evitar ações trabalhistas, crescente no Ministério Público do Trabalho (MPT).
Os profissionais de diversos departamentos, tais como Recursos Humanos, Jurídico, Medicina e Segurança do Trabalho, Psicologia Organizacional e Administração, entre outros, devem estar preparados para adotar medidas preventivas e também para agir diante dos casos de comprometimento de saúde psíquica de funcionários. A atuação preventiva diminui as licenças do trabalho ocasionadas por doenças psíquicas e impacta positivamente a produtividade, a criatividade e o clima de trabalho. Doenças ou transtornos mentais são a terceira causa mais incidente nos requerimentos de auxílio-doença, e têm mantido curva de crescimento nos últimos ano.
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10 mitos sobre saúde mental no trabalho (parte 2)




1220365 briefcase 10 mitos sobre saúde mental no trabalho (parte 2)Quando um empregador pensa em contratar alguém que tenha transtornos mentais, ou mesmo se mantém um empregado diagnosticado com algum problema, uma série de questões passam pela sua cabeça (a maioria sem fundamento ou casos similares para se basear).
Abaixo algumas das questões mais comuns colhidas entre empresários e chefias na Inglaterra podem ajudar os patrões a se convencerem que contratar ou manter empregados com transtornos mentais não são sinônimos de problemas no ambiente de trabalho:
6. Quando um membro da equipe está sofrendo de algum transtorno mental e não está mais em contato direto com a empresa (afastado, por exemplo) é melhor não se comunicar com ele por algum tempo.
R.: Ao contrário do que se pensam, muitas pesquisas mostram que a falta de contato das chefias pode dificultar o retorno ao trabalho. Contatos regulares podem deixar o empregado em dia com as novidades e assegurar um retorno rápido à produção.
7. Transtornos mentais são sinais de fraqueza. Aqueles que são menos inteligentes não conseguem aguentar o trabalho.
Pense em algumas figuras históricas brilhantes: o cientista Isaac Newton, o escritor Charles Dickenss, o compositor Beethoven e o estadista Winston Churchill. Todos sofriam de transtornos mentais, especialmente depressão.
Se isso não o convenceu, pense novamente: comportamentos discriminatórios podem realmente contribuir para sua empresa ser melhor algum dia?
8. O custo de ajustar a empresa para ajudar um funcionário com problemas de saúde mental pode não valer a pena.
R.: A maioria dos ajustes são simples. Proporcionar horários mais flexíveis para o empregado – horas trabalhadas não são exatamente um bom medidor de produção –ou mesmo a opção de trabalhar em casa, podem até mesmo gerar economia para sua empresa.
O restante da equipe, na maioria das vezes, podem assumir mais responsabilidades sem a carga emocional negativa que a demissão de um colega de trabalho, com problemas de saúde, pode trazer.
Além disso, a empresa vai deixar claro que respeita os funcionários, o que pode deixá-los mais tranquilos quanto a seu futuro profissional. Outro ponto positivo contra o estresse.
9. Alguém com transtornos mentais pode trazer riscos para minha equipe ou para os meus consumidores e clientes. Eles podem se tornar perigosos e violentos.
R.: Não. A maioria dos casos que aparecem nos jornais e na TV são a minoria dos casos envolvendo violência e transtornos mentais. Esses casos, na maioria das vezes são causados por indivíduos com transtornos mentais severos, sem acompanhamento profissional ou medicação.
A verdade é mais triste: pessoas com a saúde mental comprometida são mais propensas a cometer violência contra elas mesmas.
E qualquer um que tenha em mente os números da criminalidade sabe que os maiores culpados por esses atos violentos são pessoas saudáveis mentalmente, mas que sofrem de desvios morais.
10. Não há nada que eu possa fazer para ajudar alguém com transtorno mental.
Você pode fazer diversas coisas. O trabalho é o lugar que mais pode afetar positivamente a saúde mental de alguém, quando bem organizado.


foi pesquisado  por pelo sit de busca Google......

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