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quarta-feira, 11 de maio de 2011

ACIDOSE METABÓLICA



Acidose metabólica


A acidose metabólica é uma acidez excessiva do sangue caracterizada por uma concentração anormalmente baixa de bicarbonato no sangue.


Quando um aumento do ácido ultrapassa o sistema de amortecimento do pH do corpo, o sangue pode acidificar-se. Quando o pH do sangue diminui, a respiração torna-se mais profunda e mais rápida, porque o corpo tenta libertar o sangue do excesso de ácido diminuindo o volume do anidrido carbónico.


Finalmente, também os rins tentam compensá-lo por meio da excreção de uma maior quantidade de ácido na urina. Contudo, ambos os mecanismos podem ser ultrapassados se o corpo continuar a produzir demasiado ácido, o que conduz a uma acidose grave e finalmente ao coma.


Causas


As causas da acidose metabólica podem agrupar-se em três categorias principais.


Em primeiro lugar, a quantidade de ácido no organismo pode aumentar devido à ingestão de um ácido ou de uma substância que ao metabolizar-se se transforma em ácido. A maior parte das substâncias que causam acidose ao ser ingeridas consideram-se venenosas. Os exemplos incluem o álcool de madeira (metanol) e os anticoagulantes (etilenoglicol). Contudo, mesmo uma sobredose de aspirina (ácido acetilsalicílico) pode provocar acidose metabólica.


Em segundo lugar, o corpo pode produzir quantidades crescentes de ácido através do metabolismo. O organismo pode produzir um excesso de ácido em consequência de várias doenças; uma das mais significativas é a diabetes mellitus tipo I. Quando a diabetes está mal controlada, o corpo decompõe os lípidos e produz ácidos denominados cetonas; também produz um excesso de ácido nos estádios avançados do choque, formando ácido láctico através do metabolismo do açúcar.


Em terceiro lugar, a acidose metabólica pode ser consequência da incapacidade dos rins em excretarem a quantidade suficiente de ácido. A produção de quantidades normais de ácido pode produzir uma acidose quando os rins não funcionam normalmente. Este tipo de disfunção do rim denomina-se acidose tubular renal e pode surgir nas pessoas com insuficiência renal ou que tenham alterações que afectam a capacidade dos rins para excretar ácido.


Sintomas e diagnóstico


Um indivíduo com acidose metabólica ligeira pode não apresentar sintomas, embora em geral tenha náuseas, vómitos e cansaço. A respiração torna-se mais profunda ou ligeiramente mais rápida, mas isto mesmo pode passar despercebido em muitos casos.


Quando a acidose se agrava, o doente começa a sentir-se extremamente fraco e sonolento e pode sentir-se também confuso e cada vez com mais náuseas. Se a acidose continuar a agravar-se, a pressão arterial pode baixar bruscamente, conduzindo ao choque, ao coma e à morte.


O diagnóstico de acidose requer em geral a determinação do pH sanguíneo numa amostra de sangue arterial, colhida habitualmente da artéria radial no antebraço. Usa-se o sangue arterial porque o sangue venoso não proporciona uma medição exacta do pH.


Para saber um pouco mais sobre a causa da acidose, os médicos também medem as concentrações de anidrido carbónico e de bicarbonato no sangue. Podem ser levadas a cabo análises adicionais de sangue para determinar a causa. Por exemplo, as altas concentrações de açúcar no sangue e a presença de cetonas na urina indicam geralmente uma diabetes não controlada. A presença de uma substância tóxica no sangue sugere que a acidose metabólica é causada por intoxicação ou sobredose. Por vezes examina-se ao microscópio a urina e mede-se o seu pH.


Tratamento


O tratamento da acidose metabólica depende principalmente da causa. Sempre que for possível, trata-se a causa base. Por exemplo, pode-se controlar a diabetes com insulina ou tratar a intoxicação mediante a eliminação da substância tóxica do sangue. Por vezes é necessário recorrer à diálise para tratar casos graves de sobredose e intoxicação.


A acidose metabólica também pode ser tratada directamente. Se a acidose for ligeira, é possível que seja suficiente fornecer líquidos por via endovenosa e tratar a perturbação de base. Quando a acidose for grave, pode-se administrar bicarbonato por via endovenosa; contudo, o bicarbonato proporciona apenas alívio temporário e também pode causar problemas.


Causas principais de acidose e alcalose metabólicas
Acidose metabólica Insuficiência renal.
Acidose tubular renal (um tipo de malformação renal).
Cetoacidose diabética.
Acidose láctica (acumulação de ácido láctico).
Substâncias tóxicas como etilenoglicol, salicilato (em dose excessiva), metanol, paraldeído, acetazolamida ou cloreto de amónio.
Perda de bases, como o bicarbonato, através do tracto gastrointestinal, causada por diarreia, íleostomia ou uma colostomia.
Alcalose metabólica Uso de diuréticos (tiazidas, furosemida, ácido etacrínico).
Perda de ácido causada por vómitos ou aspiração do conteúdo do estômago.
Glândulas supra-renais hiperactivas (síndroma de Cushing ou utilização de corticosteróide).


Alcalose metabólica


A alcalose metabólica é uma situação em que o sangue é alcalino devido a uma concentração demasiado elevada de bicarbonato.
A alcalose metabólica verifica-se quando o corpo perde demasiado ácido. Por exemplo, uma quantidade considerável de ácido do estômago perde-se durante os períodos de vómitos repetidos ou quando se aspira o ácido do estômago com uma sonda nasogástrica (como se faz por vezes nos hospitais, particularmente depois de uma cirurgia abdominal). Em casos raros, a alcalose metabólica desenvolve-se quando se ingeriram demasiadas substâncias alcalinas, como o bicarbonato de sódio. Além disso, a alcalose metabólica pode desenvolver-se quando a excessiva perda de sódio ou de potássio afecta a capacidade renal para controlar o equilíbrio ácido-básico do sangue.
Sintomas e diagnóstico
A alcalose metabólica pode causar irritabilidade, clonismo e contracções musculares ou então não causar qualquer sintoma. Se a alcalose metabólica for grave, podem-se verificar contracções prolongadas e espasmos dos músculos (tetania).
Uma amostra de sangue proveniente de uma artéria revela em geral que o sangue é alcalino. Uma amostra de sangue proveniente de uma veia contém elevados valores de bicarbonato.
Tratamento
Geralmente o tratamento da alcalose metabólica consiste na reposição de água e de electrólitos (sódio e potássio) enquanto se trata a causa base. Por vezes, quando a alcalose metabólica é muito grave, fornece-se ácido diluído sob forma de cloreto de amónio por via endovenosa.

Acidose respiratória


A acidose respiratória é a excessiva acidez do sangue causada por uma acumulação de anidrido carbónico no sangue em resultado de um fraco funcionamento pulmonar ou de uma respiração lenta.
A velocidade e a profundidade da respiração controlam a quantidade de anidrido carbónico no sangue. Normalmente, quando este se acumula, o pH do sangue desce e o sangue torna-se ácido. Os valores elevados de anidrido carbónico no sangue estimulam as zonas do cérebro que regulam a respiração, que por sua vez induzem uma respiração mais rápida e mais profunda.
Causas
A acidose respiratória surge quando os pulmões não expulsam o anidrido carbónico de uma forma adequada. Isto pode acontecer nas doenças que afectam gravemente os pulmões, tais como o enfisema, a bronquite crónica, a pneumonia grave, o edema pulmonar e a asma.
A acidose respiratória também se pode produzir quando as doenças dos nervos ou dos músculos do tórax dificultam o mecanismo da respiração. Além disso, uma pessoa pode desenvolver acidose respiratória se estiver demasiadamente sedada por narcóticos e hipnóticos que abrandam o ritmo da respiração.
Sintomas e diagnóstico
Os primeiros sintomas podem ser dor de cabeça ou sonolência. Quando a acidose respiratória se agrava, a sonolência pode evoluir para estupor e coma, que podem verificar-se imediatamente, caso a respiração se interrompa ou seja gravemente alterada, ou em horas, se a respiração se for alterando gradualmente. Os rins tentam compensar a acidose retendo bicarbonato, mas este processo pode exigir muitas horas ou dias.
Em geral, o diagnóstico de acidose respiratória estabelece-se claramente quando se analisam os valores do pH sanguíneo e do anidrido carbónico nas amostras de sangue arterial.
Tratamento
O tratamento da acidose respiratória tenta melhorar o funcionamento dos pulmões. Os medicamentos que melhoram a respiração podem ajudar a aliviar os pacientes com doenças pulmonares como a asma e o enfisema.
As pessoas que por qualquer razão têm um funcionamento pulmonar gravemente alterado podem precisar de respiração artificial por meio de ventilação mecânica
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Alcalose respiratória


A alcalose respiratória é uma situação em que o sangue é alcalino devido a que a respiração rápida ou profunda tem como resultado uma baixa concentração de anidrido carbónico no sangue.
Uma respiração rápida e profunda, também chamada hiperventilação, provoca uma eliminação excessiva de anidrido carbónico do sangue. A causa mais frequente de hiperventilação, e portanto de alcalose respiratória, é a ansiedade. As outras causas de alcalose respiratória são a dor, a cirrose hepática, baixos valores de oxigénio no sangue, febre e sobredose de aspirina.
Sintomas e diagnóstico
A alcalose respiratória pode produzir ansiedade e uma sensação de formigueiro à volta dos lábios e do rosto. Se a alcalose respiratória se agravar, pode causar espasmos musculares e o doente pode sentir-se separado da realidade.
Geralmente pode-se chegar ao diagnóstico de alcalose respiratória pela simples observação do doente e dialogando com ele.
Quando o diagnóstico não é óbvio, pode-se medir o valor do anidrido carbónico numa amostra de sangue arterial. Com frequência o pH do sangue também é elevado.

Tratamento
Habitualmente o único tratamento necessário é reduzir a velocidade da respiração. Quando a alcalose respiratória é causada pela ansiedade, o esforço consciente de retardar a respiração pode fazer com que a situação desapareça.
Se a respiração rápida é causada por qualquer tipo de dor, geralmente o alívio da mesma é suficiente para que o ritmo respiratório se regularize.
Respirar dentro de um saco de papel (e não de plástico) pode ajudar a aumentar o conteúdo de anidrido carbónico do sangue, já que se aspira novamente o anidrido carbónico depois de o ter expulso.
Quando os valores de anidrido carbónico aumentam, os sintomas de hiperventilação melhoram, reduzindo desse modo a ansiedade e interrompendo-se o ataque.

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